Na contramão dos filmes de terror que costumam estrear em outubro, a Angel Studios junto da Paris Filmes e da produtora 360 Way Up estreiam no próximo dia 31 a história emocionante de uma família que, em meio a diversos problemas resolveu adotar não apenas uma, mas várias crianças. O filme Som da Esperança conta sobre a realidade do casal que influenciou diversas pessoas da pequena cidade de Possum Trot, no interior dos Estados Unidos, a adotarem crianças que são consideradas difíceis de adoção devido aos maus tratos dos responsáveis, além da idade avançada.

O filme choca com a verdade escancarada: existe grande quantidade de crianças que não recebem a atenção necessária, estão expostas às drogas e violência diariamente, ou são obrigadas pelos próprios pais a se prostituírem. Muitas delas acabam ficando mais velhas e são desconsideradas pelas famílias como possíveis adoções. Atualmente, estima-se que cerca de um milhão de famílias estão em busca de adoção nos Estados Unidos, e a maioria prefere adotar bebês, não crianças que já sofreram abusos domésticos ou consideradas “complicadas”.

No Brasil, a realidade não muda tanto. A falta de condição financeira e psicológica dos pais biológicos, além de não ter uma boa educação sexual nas casas e escolas são motivos da adoção existir. O Brasil tem cerca de 4,9 mil crianças esperando por adoção e mais de  40 mil pessoas ou casais que pretendem adotar uma criança. O filme faz parecer algo simples e rápido, mas é um processo burocrático, demorado e complicado.

O Som da Esperança não tem a pretensão de nos influenciar a adotar crianças, mas com certeza emociona e nos faz refletir sobre o assunto. Ter filhos nem sempre é algo planejado, e a adoção de crianças que já foram abusadas pode levar um tempo maior de conexão. É uma história que precisava ser contada e evidenciada para o máximo de pessoas possível. Deixo uma frase marcante do protagonista: sua criança é difícil? E você também não era?

Dia 31 de outubro em todos os cinemas!