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Rio de Janeiro,21/11/2024

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Alfabetização de crianças com Down requer estratégias educacionais

Educação inclusiva oferece suporte para as individualidades das crianças com a trissomia 21.


Alfabetização de crianças com Down requer estratégias educacionais
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A síndrome de Down é uma condição genética que afeta cerca de 300 mil brasileiros, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o Ministério da Saúde, as pessoas com a síndrome podem apresentar desafios no desenvolvimento cognitivo e na linguagem. 

Por esse motivo, a orientação é para que o tratamento para sindrome de Down durante a infância envolva um acompanhamento multidisciplinar. No contexto educacional, os profissionais da área devem assegurar a inclusão por meio de práticas pedagógicas que atendam às necessidades específicas desses alunos. 

A adoção de estratégias educacionais específicas é um dos fatores que podem ajudar no desenvolvimento de habilidades e, também, no combate ao preconceito. Conforme informações da clinica de neurodesenvolvimento Espaço Cel, os cuidados com uma criança com síndrome de Down não são radicalmente diferentes daqueles prestados àquelas sem a síndrome.

A especialista ressalta que é preciso considerar iniciativas para fortalecer o crescimento, estimular a independência e acompanhar o aprendizado, aceitando e respeitando as limitações individuais.

Apoio escolar deve incentivar a socialização

A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que as pessoas com síndrome de Down podem ou não apresentar dificuldades no desenvolvimento cognitivo e social, mas quase sempre irão vivenciar situações marcadas pelo preconceito e a falta de informação. 

Na infância, esses episódios podem ter um impacto decisivo e acarretar outros problemas. Conforme estudo publicado na Scio Mental Health, pessoas com a síndrome podem apresentar questões relacionadas à saúde mental, como ansiedade, por conta de situações de exclusão, preconceito e limitações de desenvolvimento. 

O estudo aponta que as crianças em idade escolar costumam apresentar comportamentos disruptivos, impulsivos, hiperativos, ansiosos e alterações de humor acompanhados de limitações de linguagem, comunicação ou cognição. O processo de alfabetização requer um apoio escolar com incentivo à socialização e um olhar diferenciado para as limitações do aluno, como destaca a Revista Educação Pública do estado do Rio de Janeiro.

Estratégias devem ser usada na sala de aula e em casa 

Há estratégias educacionais que auxiliam no aprendizado de crianças com síndrome de Down. A Revista Educação Pública informa que, por apresentarem um desenvolvimento mais lento, as atividades de letramento devem ser mais intensas e repetitivas para sanar os déficits de memorização. 

Para intensificar o aprendizado, além do suporte em sala de aula, é recomendado o apoio familiar, com a adoção de hábitos no dia a dia, como ler livros ou histórias em quadrinhos. 

Iniciativas lúdicas também são bem-vindas. O Movimento Down aponta que atividades como desenhar em superfícies grandes e colocar contas em um fio, diminuindo o tamanho e espessura delas, podem ajudar. 

Brincadeiras e dinâmicas com os colegas de turma também auxiliam na socialização da criança e facilitam o aprendizado. As estratégias educacionais são facilitadores na alfabetização, e os estímulos devem acontecer desde cedo. 

A Secretaria de Saúde do governo do estado do Paraná explica que pessoas com síndrome de Down devem ser estimuladas desde o nascimento, necessitando de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais como médico, fonoaudiólogo e fisioterapeutas, de acordo com as necessidades apresentadas. 

O acompanhamento introdutório é útil para que a criança se sinta confortável com outros profissionais ao longo da vida, como os educadores infantis. Os estímulos em casa, antes mesmo da alfabetização começar, também auxiliam o processo. 

A clínica Espaço Cel destaca que a estimulação precoce é importante para o desenvolvimento da criança. Ao adotar atividades e técnicas direcionadas às habilidades motoras, cognitivas, linguísticas e socioemocional, é possível minimizar possíveis atrasos e maximizar os potenciais.

De acordo com o Ministério da Saúde, toda criança com a síndrome depende do suporte que a família lhe dá desde o nascimento. Quando os estímulos são positivos, existem grandes chances dela se desenvolver de forma saudável com todo o seu potencial, facilitando o processo de alfabetização. 


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